Título:
Vinte anos na província
Autor:
Mónica Baldaque
Págs.:
192
PVP:
15,50 €
Novo
livro de Mónica Baldaque
Vinte
anos na província: a elegia de um modo perdido de viver
No
dia 22 de maio, é publicado pela Sextante Editora o novo livro de Mónica
Baldaque, Vinte anos na província, um conjunto de dez contos que narram a
saudade das casas do Douro, pilar de vida, mistérios e valores desaparecidos.
Mónica Baldaque tem uma voz que não evita as ressonâncias do romantismo, do
realismo e do simbolismo, que marcam os finais do século XIX, e essa voz
permite-lhe narrar com precisão fulgurante este grito de saudade por um modo de
viver extinto.
A
apresentação deste livro está marcada para o dia 30 de maio, às 18:30, na
livraria Bertrand do Chiado.
Em
todas as narrativas a casa veste os seus habitantes, domina-os, controla-lhes a
vida e, um dia, despede-se deles. Pode parecer que são eles a tomar a decisão
de a abandonar, mas na verdade é a casa que os expulsa. Quebram-se os laços
antigos de cumplicidade, de confiança, de afeição, de memória.
Desmaterializa-se o espírito dos lugares. Apagam-se as luzes, fecham-se as
portas. Tudo é varrido pelo fogo e pelo vento. Um amor melancólico definha em
cada vida, e nada o vem substituir. A casa simboliza o refúgio do eu mais
profundo, a casa é a floresta das almas. A casa é a província, o lugar fechado
dos enredos, o cenário breve das vidas, onde tudo tende à decomposição.
Laura
Mónica Bessa-Luís Baldaque nasceu no Douro, no lugar de Godim, Peso da Régua, a
13 de maio de 1946, concluiu o curso superior de pintura na Escola Superior de
Belas-Artes de Lisboa, em 1970, enveredando pela Museologia. Conservadora dos
museus municipais do Porto desde 1975, foi nomeada pelo Ministério da Cultura
para ocupar o cargo de diretora do Museu Nacional de Literatura e
posteriormente do Museu Nacional Soares dos Reis.
Tem
uma vasta obra na pintura de retrato e de paisagem. A escrita surge como a
forma natural de unir um pensamento e duas linguagens – pintura e escrita. O
Douro é sempre o imaginário inesgotável das suas reflexões e do seu trabalho.
Entre outros livros, ilustrou Vento, areia e amoras bravas e Dentes de rato, de
Agustina Bessa-Luís, e participou na ilustração do livro Depois de ver, de
Pedro Tamen.
Publicou
Do outro lado do quadro (Asa, 2000), A folha do limoeiro (Asa, 2005), O olhar
do lobo (Campo das Letras, 2003), Pequeno Alberto, o pensador (Babel, 2010), e
Contos sombrios (Babel, 2011).
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