Título:
1975 – O Ano do Furacão Revolucionário
Autor:
João Céu e Silva
Págs.:
456
PVP:
16,60 €
1975
– O Ano do Furacão Revolucionário é um relato único dos 365 dias que decidiram
o destino da democracia
No
dia 13 de setembro, a Porto Editora publica um livro fundamental para recordar,
ou conhecer, o ano quente de 1975, um ano decisivo para o destino da democracia
portuguesa. Esse livro é 1975 - O Ano do Furacão Revolucionário, de João Céu e
Silva, responsável por uma profunda investigação que revela novos factos sobre
os acontecimentos desse ano, acompanhados de depoimentos controversos, e
atuais, dos seus protagonistas.
Esclarecedor,
completo e ilustrado com fotografias da época, este é um documento essencial
para todas as gerações e para todos os portugueses.
1975
é um ano que, observado à lupa, como acontece nestas páginas, continua a
surpreender, tal é o curso desvairado dos acontecimentos num país em que o
primeiro-ministro afirma que o resultado das eleições não é para respeitar, a
direita defende que a revolução vá até ao absurdo, a esquerda não aceita ser
apeada, e até o presidente da República considera que a marcha da revolução
tomou uma aceleração que o povo não tem capacidade de absorver. Um país onde os
oficiais das Forças Armadas e os líderes dos partidos combatem ferozmente na
praça pública, as forças políticas de extrema-esquerda dão o braço às massas
progressistas para instalar o Poder Popular e um Governo chega a fazer greve.
É um
processo revolucionário inédito na Europa, observado atentamente pelos vizinhos
e pelo bloco soviético, manipulado pelos Estados Unidos, e com a intervenção de
tropas cubanas em Angola.
1975
– O Ano do Furacão Revolucionário relata o dia-a-dia de um país à beira da
guerra civil, recordando os factos históricos e as pequenas histórias que
dividiram como nunca os portugueses.
Depois
de uma investigação sobre 1961 – O Ano que Mudou Portugal, e de cinco retratos
biográficos sobre escritores portugueses – Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal
(2005), Uma Longa Viagem com Miguel Torga (2007), Uma Longa Viagem com José
Saramago (2009), Uma Longa Viagem com António Lobo Antunes (2009) e Uma Longa
Viagem com Manuel Alegre (2010) – o autor volta a viajar no tempo e a dar-nos
um retrato dos 365 dias que decidiram o destino da democracia portuguesa.
João
Céu e Silva nasceu em Alpiarça, em 1959, licenciou-se em História durante os
anos em que viveu no Rio de Janeiro e é, desde 1989, jornalista do Diário de
Notícias. Publicou também um livro de viagens (Caravela Tropical) e um romance
(28 Dias em Agosto).
DECLARAÇÕES
O
MFA não traiu a revolução. O que leva ao 25 de novembro é o interesse do mundo
ocidental e dos Estados Unidos para que não houvesse aqui uma revolução, que
seria um mau exemplo se vingasse em termos de Poder Popular. Otelo Saraiva de
Carvalho
Em
boa verdade, Otelo nunca teve essa estratégia realista e nunca teve preocupação
em organizar as suas forças. António Ramalho Eanes
O
que se passava é que muitos desses jovens tinham uma adesão sem uma visão
política pensada e sem um compromisso refletido. Basta ver que conheci o Durão
Barroso a expulsar professores da Faculdade de Direito. Francisco Louçã
Naquela
idade eu acreditava em soluções que não se concretizaram. Ainda bem, porque os
grandes objetivos que a extrema-esquerda e a UDP tinham para o país dariam cabo
dele. Jorge Coelho
Do
que aconteceu, cada um tem a sua opinião, mas eu pensei que ia perder por uma
segunda vez o meu próprio país.Eduardo Lourenço
Há
uma explosão revolucionária dos trabalhadores e o PCP só vai atrás. Quando, no
princípio de maio, a malta salta para a rua, ocupa empresas e sequestra
administrações, onde é que está o PCP? Não há PCP. Fernando Rosas
A
aproximação àquelas pessoas que também combatiam o PCP na altura era natural,
até tive reuniões com Sá Carneiro para organizar uma iniciativa contra os
soviéticos… José Pacheco Pereira
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