Colecção: Viagens na Ficção
Titulo: Do Cacine ao Cumbijã
Autor: Guilherme da Costa Ganança
Páginas: 342
Data de publicação: Agosto de 2011
As acções ocorreram, realmente, no espaço e no tempo da narrativa.
A acção decorre desde Outubro de 1967 a Março de 1968 e transporta um jovem de 22 anos para um ambiente repleto de incertezas, audácia e desespero, nas matas da Guiné.
São as memórias de um alferes, salpicadas de momentos de pura ficção. É o desenrolar de sentimentos e emoções.
Juventude e generosidade, medo e coragem, dor e amor, tragédia e sobrevivência misturam-se numa exótica amálgama com o bálsamo das amizades e uma inveterada cultura da auto-estima.
Paisagens, ambientes e interacção com as tradições e gentes locais povoam a narrativa.
A marca do tempo, que custa tanto a passar, é mitigada com nostálgicas recordações e ilusórios propósitos de vida. Na miragem, os «devaneios» adoçam-se com o carinho de uma geração generosa de «madrinhas de guerra».
Gabriel despede-se da sua cidade, da sua família e dos amigos e é levado a mergulhar nas teias da guerra. Valoriza o rigor e o saber, como os melhores aliados da «sorte». Os «tempos livres» revelam-se marcantes para a concretização dos seus próprios desígnios.
Titulo: Memórias de um Liberto
Preço: €13.00
Autor: Ilda Coelho
Páginas: 221
Data de publicação: Setembro de 2011
Preço: 13,00 €
Estas são as memórias sobre uma mulher fascinante, maravilhosamente livre, vivendo de um modo irrepetível, uma vida simultaneamente sublime e cruel. Hipácia é a mulher caleidoscópica que nos conduz através de outros tempos, rasgando os universos do conhecimento, tecendo teias de paixão e de silêncios, de encontros e desencontros.
A escrita ficcional emerge aqui, não apenas com a função de fruição através de uma narrativa solidamente estruturada, numa linearidade fluente e desenvolta, mas também, como registo de memória privilegiada, que se indigna face ao absurdo da violência e da intolerância geradas por situações limite. Situações essas com que, paradoxalmente, tantos séculos passados, o mundo de hoje continua, quotidianamente, a ser confrontado. Este é um romance que entretece na sua trama a mítica cidade de Alexandria, as ressonâncias do saber, o sopro da morte e que fluirá, sem dúvida, no rio de memória do leitor.
Titulo: Anti-Lolita
Preço: €12.00
Autor: Carlos Belindro
Páginas: 163
Data de publicação: Agosto de 2011
Preço: 12,00 €
A primeira noite de amor, que ambiente tão pesado... tantos receios sinto embora sôfrego a dispa e lhe beije o corpo todo sem qualquer inibição. Rebolamos sob um eixo forjado pelo magnetismo da nossa atracção e o calor da paixão é alimentado a uma esperança de que tudo corra bem. Beijo-a e sinto que estou a fazer a coisa certa, beijo-a e não há qualquer hiato para uma dúvida, para uma incerteza, para um desassossego, beijo-a e não temo... Mas os beijos para meu desespero revelam-se curtos e ela parece querer poupar a sua boca carnuda que me enlouquece, que sabe tão bem... tento prolonga-los mas não consigo. «Os meus demónios gritam e em silêncio irrito-me, apetece-me fixar-lhe violentamente a cabeça entre as minhas mãos para a poder beijar à minha maneira.» Mexo-lhe nos seios demasiado perfeitos e ela fica mais à vontade. Os ossos da sua bacia surpreenderam-me, nunca havia tocado em nada parecido, nunca imaginei que pudessem ser tão salientes no bom sentido. Nada de aberrante ali havia, era a normalidade perfeita que eu nunca pensei que me interessasse, mas ao possuí-la, senti-me bem, completo, forte. Enquanto a penetrava e a ouvia em surdina a pedir-me coisas, até de mim começava a gostar: olhava os meus braços suados, com músculos que se destacavam e sobressaiam com aquela meia-luz que ela havia escolhido para nos alumiar a paixão intensa que ali se vivia. Parece que ainda lhe toco...