Titulo:
Arranha-Céus
Autor:
J. G. Ballard
Tradução:
Marta Mendonça, Rute Mota
Páginas:
224
«Mais
tarde, sentado na varanda a comer o cão, o Dr. Robert Laing refletiu sobre os
estranhos acontecimentos que nos últimos três meses tinham ocorrido no interior
do prédio enorme.»
Num
imponente edifício de quarenta andares, o último grito da arquitetura
contemporânea, vive Robert Laing, um bem-sucedido professor de medicina, mais
duas mil pessoas. Para desfrutarem desta vida luxuosa, não precisam sequer de
sair à rua: ginásio, piscina, supermercado, tudo se encontra à distância de um
elevador. Mas alguma coisa estranha borbulha por baixo desta superfície de
rotina.
Primeiro
atacam-se os automóveis na garagem, depois os moradores. Um incidente conduz a
outro e, acossados, os vizinhos agrupam-se por pisos. Quando aparecem as
primeiras vítimas, a festa mal começou. É então que o realizador de
documentários Richard Wilder resolve avançar, de câmara em punho, numa viagem
por esta inexplicável orgia de destruição, testemunhando o colapso do que nos
torna humanos.
Entre
a alucinação e a anarquia, a visão nunca ultrapassada de J. G. Ballard
oferece-nos um retrato demencial de como a vida moderna nos pode empurrar, não
para um estádio mais avançado na evolução, mas para as mais primitivas formas
de sociedade.
Titulo:
O Que Vemos Quando Lemos
Autor:
Peter Mendelsund
Páginas:
448
O que
vemos quando lemos? Tolstoi chegou a descrever Anna Karénina? Herman Melville
alguma vez nos revelou a aparência exata de Ismael?
O conjunto
de imagens fragmentadas numa página — uma orelha elegante ali, uma madeixa
rebelde acolá, um chapéu posicionado de determinada maneira — e outras pistas e
significantes ajudam- -nos a imaginar uma personagem. Mas, na verdade, a
sensação de conhecermos intimamente uma personagem tem pouco que ver com a
nossa capacidade de imaginarmos as figuras literárias que amamos (ou odiamos).
O Que
Vemos Quando Lemos é uma exploração singular e deslumbrante da fenomenologia da
leitura, mostrando-nos como formamos imagens a partir da leitura de obras
literárias, e como essas interpretações transformam a própria obra.
Peter
Mendelsund, um dos mais conceituados designers editoriais contemporâneos,
combina uma carreira artística premiada com a sua primeira paixão, a literatura,
num dos mais provocadores e invulgares exercícios acerca da forma como
compreendemos o ato de ler.
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