Titulo:
A Rapariga dos Olhos Azuis
Autor:
Tara Moore
Anya Keating adora seu trabalho como assistente de Macdara Fitzgerald, dono da
deslumbrante propriedade Lismore e dos seus cavalos de corrida. Macdara é um
patrão indulgente e generoso e Anya tem muito carinho por ele. Mas quando
Macdara a pede precipitadamente em casamento, a amizade de ambos - e a posição
dela - fica ameaçada, e Anya sente-se dividida entre a sua lealdade para com
Macdara e os seus sentimentos pelo neto dele, Fergal, o belo treinador de
cavalos. Eis que aparece Orla Fitzgerald, neta distante de Macdara. Orla pode
ter deixado Lismore em criança, mas voltou uma mulher sofisticada e bonita. Tão
bonita, de facto, que a maioria dos homens ficam encantados por ela - e Anya vê
com crescente apreensão enquanto Orla tecer a sua magia em redor de Fergal. No
entanto, Orla pode não ser a rapariga de olhos azuis que os outros julgam. Há
mistérios sombrios na vida da propriedade. O passado de Orla contém uma
tragédia, e ela está determinada a reivindicar o seu direito de primogenitura,
independentemente de quem se atravessar no seu caminho.
Tara Moore chegou até nós no ano passado e desde que li esse seu livro fiquei
ansiosa pela chegada de mais obras da autora. Tara Moore não é apenas mais uma
no vasto mundo da literatura, na verdade a autora consegue transformar uma simples
historia em algo mágico e cativante, deixando os seus leitores rendidos e também
ansiosos por descortinar os imensos mistérios que os seus livros contêm.
Gostei
muito deste livro. Tem uma história bem estruturada, em que as personagens vão
sendo apresentadas sequencialmente e da mesma forma, os mistérios envoltos nas
suas vidas vão tomando forma e adensando a trama. Para quem leu o livro
anterior, este livro não trouxe qualquer novidade. A qualidade é mantida e a
leitura é realizada de uma forma fluida e sem grandes dificuldades. Penso que
este é uma das particularidades da autora, ela transforma uma história simples em
algo complexo sem recorrer estratégias que poderiam envolver tudo numa extensa
teia e que apenas viria a dificultar a vida do autor. Assim, com uma enorme
simplicidade temos ao nosso dispor um livro com todos os ingredientes para nos
deixar completamente vidrados.
As
personagens também estão muito bem caracterizadas e como não podia deixar de
ser, foi completamente impossível para mim não fazer comparações com o anterior
livro “Solstício de Verão”. Para ser mais exacta, JC fez-me lembrar um pouco de
Rossa, talvez devido ao seu amor proibido, Anya fez-me lembrar Ashling Morrison
(apenas pelo forma como acaba por ser o lado inocente de toda a historia) e
Orla, que apesar de ser uma só personagem, fez-me lembrar os gémeos Saphire e
Indigo (devido a sua mente calculista e também às intrigas que foi tecendo ao
longo da historia). Também fiquei muito satisfeita por ver a forma como a
autora foi construindo a relação entre Anya e Fergal, fazendo com que o seu
amor parecesse real e não apenas superficial ou apenas baseado na atracção. Não
há dúvida que a autora pensa em tudo e aquele final acabou por ser quase
inesperado, porque só quase no fim comecei a suspeitar do que realmente se
passava. Espero continuar a ver os livros desta autora a serem publicados no nosso
país, pois Tara Moore não é apenas uma autora fantástica, ela tem um dom que
merece ser destacado e premiado. Este é um livro a não perder!
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