09/01/2013

[Editorial Presença]Opinião "A Luz Entre Oceanos",de M.L. Stedman

M.L.Stedman




















Sinopse: Estreia de M. L. Stedman, A Luz Entre Oceanos, uma edição de origem australiana tem provocado uma enorme expectativa nos editores de todo o mundo. O livro foi o grande protagonista da Feira do Livro de Frankfurt de 2011 e uma das obras mais disputadas para publicação.
Premiado com dois galardões australianos, em Fevereiro de 2012, A Luz Entre Oceanos foi capa da revista literária inglesa Bookseller e tem recolhido críticas muito positivas, tanto por parte de leitores, como dos especialistas. Chega agora a Portugal com a chancela da Editorial Presença.
1926. Tom Sherbourne é um homem que, regressado dos horrores da Primeira Guerra Mundial, aceita ocupar o posto de faroleiro numa remota ilha ao largo da costa oeste australiana. Os únicos habitantes de Janus Rock, Tom e a sua esposa Isabel vivem uma vida pacata, isolados do resto do mundo. Numa manhã de Abril dá à costa um barco que transporta um homem morto e um bebé que chora - mudando para sempre o destino do jovem casal. Só anos mais tarde vão descobrir as terríveis consequências da decisão que tomaram naquele dia - à medida que a verdadeira história daquela criança se revela… Esta é uma história sobre o bem e o mal, e de como por vezes se confundem.


Opinião: Este foi um livro que me deixou um pouco emocionada. Quantas vezes cometemos erros, tomamos decisões erradas que mais cedo ou mais tarde tornam a nossa vida num autêntico desastre. Não interessa se somos ou não boas pessoas, todos somos humanos, todos tomamos decisões que nos marcam e muitas vezes o passado volta para nos assombrar e estragar a pouca paz que se vai conquistando ao longo do tempo.
Esta é uma história comovente, que apesar de ter uma acção um pouco lenta foi lida rapidamente, com aquele sentimento de vontade de virar a página e descobrir o que se iria passar a seguir. Com temas tão importantes como a depressão e solidão o leitor dá por si completamente rendido a tudo o que se vai passando. Em relação às personagens, apesar de bem construídas, acabei por achar que a relação entre Tom e Isabel um pouco forçada, mas talvez isso tenha acontecido pelo estado depressivo que Isabel apresentava. Ao encontrar a criança e com a escolha de ficar com ela, os protagonistas os protagonistas fazem-nos levantar várias questões, sendo a principal pergunta: Haverá uma mãe desesperada por encontrar a sua bebé?
O próprio farol acaba por ter também um significado especial, sendo a luz que permanece sempre acesa, que guia não só os barcos e tomar o rumo certo, mas também a manter uma esperança no coração das nossas personagens. A mensagem principal do livro acaba por ser o julgamento que fazemos dos outros, devemos ou não julgar? Até onde poderemos ir por amor? Um livro a não perder.


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