22/08/2012

[Oficina do Livro]Opinião "Filhas",de Paulo José Miranda


Paulo José Miranda




















Sinopse: Paulo José Miranda, o primeiro poeta e escritor a receber o prémio literário José Saramago, regressa com "Filhas", uma profunda reflexão acerca do sexo e da arte do romance e um sublime hino à Mulher, à Palavra e à História que une Portugal e o Brasil.
Memórias e segredos num ziguezague que intercala o romance histórico e o presente, como o tempo de um jogo de futebol.
1746. O rei D. João V anuncia aos habitantes das ilhas dos Açores que a Coroa concede benefícios a quem decidir emigrar para o litoral sul do Brasil.
Ao embarcar nesta aventura, João Cabral cruza-se com Maria de Fátima, uma mulher fascinante e invulgarmente emancipada para época.
Desta união nasce uma descendência que marcará a saga da família Oliveira Cabral e a origem da colonização do Sul do Brasil, Florianópolis, antiga Ilha do Desterro.
Paulo José Miranda conduz-nos pela intimidade desta família através de uma empolgante viagem pelos laços que unem pai e filhas, Portugal e o Brasil.


Opinião: Um livro que nos coloca uma perspectiva interessante na relação entre pais, filhas e hereditariedade. Esta história encontra-se dividida em duas fases, passado e presente, em que o presente se passa durante os noventa minutos de um jogo de futebol e o passado nas três primeiras gerações da família Cabral.
Confesso que fiquei muito fascinada com toda a história passada no séc. XVIII, o fenómeno da imigração dos portugueses para as terras brasileiras sempre foi um assunto que me despertou a atenção, juntando a isso o romance entre João Cabral e Maria de Fátima tornou-se numa receita um pouco difícil de deixar de lado. Mas como em tudo na vida, nada é perfeito e apesar da miragem de perfeição, toda essa alegria se torna em tragedia. A partir da morte da matriarca da família Cabral, toda a família se vê vítima de sentimentos de ódio, guerra e inúmeras tragedias se vão passando ao longo dos anos e que apenas acalmam com a volta da família a Portugal.
Em relação ao presente, confesso que acabou por ser lido um pouco na diagonal. Tudo é contado de forma bastante confusa e o tema começa a ser muito repetitivo logo o partir das primeiras páginas. Já no final do livro passado e presente juntam-se, contando-nos a razão de Artur ter voltado ao Brasil.
Apesar disso, é um livro marcante, que recomendo a todos os amantes de Historia e a todos os pais e filhas deste nosso país.

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