06/12/2018

[SDE]Opinião "O Guardião", de Sherrilyn Kenyon

O Guardião, de Sherrilyn Kenyon

A rainha do romance paranormal regressa ao mundo dos sonhos.
A Caçadora de Sonhos Lydia tem a mais perigosa das missões: descer até ao reino inferior e encontrar o deus dos sonhos que desapareceu, antes que ele revele os segredos que podem pôr em perigo a sua espécie. Mas ela não esperava ser feita prisioneira pelo guardião mais cruel do reino…
O tempo de Seth está a esgotar-se. Se ele não descobrir a entrada para o Olimpo, a sua vida e a do seu povo estará perdida. Seth não consegue vergar o deus que tem prisioneiro, mas quando surge uma salvadora, ele decide tentar uma nova tática.
Quando estas duas vontades férreas se encontram, uma delas tem de ceder. Mas Lydia não guarda apenas os portões do Olimpo — ela protege um dos poderes mais obscuros do mundo. Se ela falhar, uma maldição antiga vai voltar a assombrar a Terra e ninguém estará a salvo. Mas o mal é sempre sedutor…


Existem séries que nos marcam, que nos ensinam algo, que deixam aquela mensagem especial e que a cada livro publicado nos fazem suspirar por mais. Existem séries, como esta, onde existe sempre aquela novidade e aquele momento chave que nos faz questionar acerca dos próximos desenvolvimentos e esta autora parece uma das que parece ter uma imaginação infinita e que nos faz desejar ler mais e questionar acerca do próximo passo.
“O Guardião” marca um ponto chave nesta série, sendo um um livro onde nos deparamos com uma realidade mais crua, mais violenta, mas onde impera tudo aquilo a que estamos habituados nos livros anteriores. Confesso que no início do livro me senti um pouco perdida, talvez pelos inúmeros acontecimentos que estavam a ocorrer ou pela quantidade de livros que já foram passando pelas nossas mãos, mas aos poucos pareceu-me que tudo se foi encaixando e acontecendo de forma natural.
Adorei conhecer a Lydia, mas foi Seth e a sua história que me fizeram apaixonar por este livro. A sua personalidade, que no início parecia animalesca, de repente toma outros contornos e vamos começando a entender o quanto os acontecimentos passados o foram marcando e, se é certo que a vida real em nada tem a ver com este tipo de comportamentos e, se me deparasse com alguém assim de certo que fugiria imediatamente, a verdade é que felizmente a ficção tudo transforma e faz criar algum tipo de solidariedade para com este tipo de personagens. Seth é então a criação de uma mente fantástica, que tanto nos faz sonhar e entender que nem tudo é o que parece e que os juízos de valor são rápidos de acontecer. E se Noir e Azura são cada vez mais odiados, a verdade é que Jaden continua a ser uma personagem enigmática e que em vez te encontrarmos respostas, temos cada vez mais questões acerca da sua história. Por amor de Deus, alguém que diga à autora que precisamos urgentemente do livro com a história desta personagem (E sim, estou a ser irónica, até porque este livro foi escrito originalmente em 2011 e até aos dias de hoje ainda não saiu qualquer publicação que contasse a historia desta personagem.). É claro que não posso falar só de Seth, Noir, Azura e Jaden…Lydia tem também um passado no qual sofreu e a sua própria família esconde segredos que apenas no final são desvendados, mas caramba, sinto que o final foi rápido demais… Não, não quero dizer que o final não correspondeu às minhas espectativas, o que pretendo transmitir é que não queria que o livro terminasse, tinha aquela sensação de querer ler mais e mais…É este o efeito que Sherrilyn Kenyon tem em nós, a autora consegue prender-nos nas suas historias e quando chegamos ao fim ficamos com uma sensação de vazio enorme, chegando até a tornar-se complicado o início de novas leituras.
Em resumo, este é mais um livro que não vão querer prender e uma prenda de natal fantástica para quem o leia.

Ps – Queria tanto que a série “As Crónicas de Nick” fosse publicada em Portugal!  <3

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