26/10/2013

[SDE]Opinião "Divina Por Engano",de P.C. Cast

Titulo: Divina Por Engano
Autor: P.C. Cast


Shannon Parker é uma professora de Inglês a aproveitar umas muito merecidas férias de verão. Ao fazer compras, encontra um antigo vaso com a figura de uma deusa celta muito parecida consigo. Shannon compra o vaso, mas nem sonha na aventura em que se irá meter.
Sem saber como, vê-se, de súbito, transportada para Partholon, onde assume o papel de Rhiannon, a Sumo-Sacerdotisa de Eponina. E apesar de todas as regalias e do tratamento de luxo - qual a mulher que não gosta de receber uns mimos? - ser deusa envolve um casamento ritual com um centauro e lutar contra os fomorianos, criaturas maléficas que tudo farão para travar o regresso da verdadeira deusa.
Conseguirá Shannon livrar-se deste sarilho e arranjar alguma forma de regressar a casa sem acabar morta, casada com um cavalo ou enlouquecida? É que ser divina, afinal, não é um mar de rosas!



P.C. Cast tornou-se conhecida em Portugal através da saga “A Casa da Noite”. Uma saga mais virada para o fantástico, com um toque juvenil, mas mesmo assim imperdível de uma forma muito especial. Sou fã dessa saga e tento ler todos os livros (apesar de ainda estar um bocadinho atrasada na leitura). Talvez por isso e pela mudança de tema, estava bastante curiosa acerca deste novo livro.
“Divina por Engano” tem tudo para ser um excelente livro. Com uma sinopse incrível, personagens que à primeira vista parecem perfeitos e um tema pelo qual sou completamente viciada. Adoro ler tudo o que tem a ver com mitologia e se a isso for adicionado um pouco de romance com viagens no tempo, aí sim, tenho obrigatoriamente que ler. Infelizmente, acabei um pouco desapontada com este livro, porque apesar de ter uma boa historia, a protagonista acaba por estragar tudo o resto. Ainda não consigo acreditar que uma autora como P.C. Cast tenha criado uma personagem de 35 anos que mais aparente ter 16 ou 17 e melhor, é professora. Para além da linguagem que usa, as suas acções são impulsivas e apesar de estar num mundo completamente desconhecido para ela, parece habituar-se instantaneamente à ideia de que estará presa ali para todo o sempre. No meio de toda aquela loucura, ClanFintan é a personagem que me parece mais estável e que me fez levar a leitura do livro até ao fim. Devo também mencionar que grande parte da infantilidade de Shannon se deve também à tradução. A certo ponto fiquei curiosa com alguns termos e acabei a comparar com o original e foi surpreendente observar como uma tradução mal feita acaba com uma boa história. É verdade que o livro não é perfeito, tem imensas falhas, mas a tradução piorou ainda mais aquilo que na realidade se poderia tornar um livro apetecível e até mesmo fonte de algumas horas de boa leitura.
Tenho muita pena de fazer este comentário tão negativo acerca do livro, porque tirando estes detalhes é uma história muito bem conseguida e até com algumas partes muito boas que nos fazem pensar “É agora, finalmente isto vai melhorar!”, mas então tudo volta ao mesmo e a desilusão torna-se ainda maior. Esperava mais, muito mais…

1 comentário:

  1. Mesmo você fazendo comentários negativos, acho que arriscaria a leitura. Já reparei a influência celta na capa, quando vi os laços celtas. Nas lendas celtas os Fomorianos sempre aparecem para reafirmar seu domínio pela Irlanda, expulsando os invasores. Gostaria de ver a visão da autora desses demônios. Leria só pelo ambiente e a influência das lendas.

    Beijos, Bell.

    http://contosdoguerreiro.blogspot.com.br/

    ResponderEliminar

@Way2themes

Follow Me